quarta-feira, março 01, 2006

Obrigado meu Deus
















Ontem estava tão P--a da vida que esqueci que teria de ir trabalhar. Bom me ligaram do trabalho às 21:10 (eu deveria entrar às 21:00), sorte que moro pertinho e antes das 9 e meia já estava lá.
Trabalharei tres noites seguidas e descansarei o final de semana pois teremos visitas de amigos.
Aproveitei a noite de ontem para ler o livro "Eu, Safiya? ".
E eu que pensei que o meu dia foi terrível, fiquei até com vergonha de mim mesma por reclamar. Posso gritar em voz alta:
_Eu não tenho problemas, HerreJesus!!!
O livro conta a história de Safiya Hussaini Tungar Tudu, 37 anos, mulher, negra, pobre, nigeriana. ( Isso aconteceu em 2001)
Seu crime: ter tido uma filha fora do casamento.
A sentença: ser enterrada até o pescoço, e apedrejada até a morte.
Eu, Safiya?, é a história real e dramática de uma africana que pelo simples motivo de querer estar viva e poder ver crescer sua filha, ousou afrontar as leis impostas às mulheres muçulmanas.
Graças a competência de um advogado local e a mobilização internacional, Safiya acabou por ser absolvida.
Sua história é um exemplo para milhares de outras mulheres africanas, que vivem em um continente cheio de contradições, e onde a vida de uma pessoa pode valer pouco mais que nada.

Segundo a lei islâmica denominada Sharia (Shari'ah ou Charia), uma mulher considerada adúltera deve ser enterrada até o pescoço (ou as axilas) e apedrejada até a morte.
Quem decreta a sentença são tribunais religiosos baseados na interpretação do livro sagrado do Islã, o Alcorão.
A tarefa da sentença de enterrar a vítima na areia e depois matá-la a pedradas cabe aos moradores da cidade, ex-vizinhos, ex-conhecidos e, especialmente, familiares da parte ofendida. Tudo sob a supervisão de um magistrado.
Existem algumas regras para a execução. Os executores devem cuidar para não atirar pedras muitos grandes nem muito pequenas. As pedras muito grandes matam rapidamente a vítima e as muito pequenas prolongam demais o suplício. Versos religiosos devem ser entoados enquanto as pedras são atiradas.
Acho que hoje lerei o livro da Nicole Krauss, " The history of love"...

5 comentários:

Sonho Meu disse...

Que selvagens... Tudo isso em nome de um Deus?????
Ainda bem que nao nascí lá.
Bjos,
ME

valter ferraz disse...

Às vêzes dá uma vergonha de ser humano, sem trocadilhos.
Eu já havia lido sobre ela, o livro ainda não, de qualquer forma é revoltante saber de atrocidades como essas e outras ainda piores.Pobre humanidade.

Anônimo disse...

oi!!!

Pois é, essa história dela mexeu muito com todo mundo... Um abraço

valter ferraz disse...

Beth, tudo bem?
Estamos com gente nova na blogolândia, Ana Pontes Ferraz acaba de se lançar na blogosfera está no:"eassimqueeusou.blogspot.com"
O clubinho está aumentando...
abraço

Unknown disse...

Beth, não é que a gente tem mesmo é que agradecer pela nossa vida, uns dias até bem chatas, mas nada que chegue ao ponto de ser apedrejada. Que tristeza.
Beijos