segunda-feira, dezembro 18, 2006


Deveria estar feliz por ele ter vivido tanto tempo.
Deveria estar agradecida por ele ter tido saúde durante estes anos.
Deveria dar gracas por ele ter ido sem ter estado senil aos 89 anos.
E dar pulos de alegria pois ele ira ao encontro de minha mãe.
Mas a tristeza é enorme e estou com um grande medo da dor que a falta dele me trará...
A dor da perda é a visita da morte à vida, e sem dor não há vida, porque nos apegamos demais com tudo que possuímos, ou seja, pensamos que possuímos, na verdade nos foi emprestado, inclusive a carne, e como tal, um dia teremos que devolver ao universo.
Esta tarde faleceu meu querido pai, estava programando minha ida ao Brasil em junho para os 90 anos dele. Nunca costumo planejar nada gosto de viver cada dia como se fosse o último e parece que tenho razão, pois pode ser que o dia de amanhã nunca chegue...
Se eu desaparecer uns dias vocês já sabem o porque.