Aqui na Suécia sinto que a minha vida é bastante segura em todos os sentidos e que posso dormir tranquila, mas quando fecho meus olhos existem imagens guardadas em mim. Imagens de partes do mundo captadas por mim, recebidas através de jornais e da televisão. Imagens de dor e tristeza muitas vezes contruidas por mim. Arrepios tomam conta do meu corpo e lentamente um peso enorme toma conta de mim e se alastra para os meus braços e pernas. Por que justamente eu entre tantos tenho a sorte desta vida que todos aos habitantes da terra teriam direito a viver? Por que justamente eu tenho a sorte de sair ver o mundo e voltar segura para meu mundinho sueco sem muitas preocupações? O sentimento de seguranca transforma-se em dores de consciencia, no meu caso os dois sentimentos estão tão perto um do outro. Esses dois sentimentos estão sempre a minha volta onde quer que eu esteja no mundo. Mas porque não eu?Se ponho de lado a culpa, sobra-me o agradecimento de todas as experiencias e coisas que já fiz. Sofro com o sentimento alheio e com muita facilidade alegro-me com a felicidade de outros. Tento ver beleza neste mundo que muitas vezes parece estar desabando. Minhas culpas não me trazem felicidade mas me ajudam a sentir grande prazer nas pequenas coisas que a vida me oferece. |
Eu acredito em anjos. Eles me sinalizam em asas de borboletas, os percebo em sorrisos, trajam palavras de afeto, tocam músicas em meus ouvidos, me fazem feliz, me motivam. Eu acredito em anjos e eles me acreditam. (CLARICE GE)
terça-feira, agosto 15, 2006
Falando com meus botões
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6 comentários:
Bete, cada um escreve a própria história com os instrumentos que Deus lhe deu. Vc não foi parar aí nesse país gelado, de lingua esquisita, pessoas com cultura e costumes diferentes à toa. Alguma coisa maior tem te levado prá esse lugar. Culpas não vão alterar em nada aquilo que faz parte da tua bagagem individual. E acho que ainda é cedo para vc fazer esse balanço. Continue ajudando aqueles que estão ao teu redor pois a vida é muito maior que eu e vc. Nós passaremos por este mundo e o que ficará será aquilo que fizemos, ou não.
Hoje vejo com um pouco mais de clareza o que não entendia há tempos atrás. É assim. Independe de nós. Viva e seja feliz(se puder) e estará fazendo outras pessoas felizes.
Grande abraço
Beth querida, depois de umas longas e otimas ferias, estou de volta. Como esta com vc? Como foram as ferias? Um beijo
Ah! Beth, a gente vê tanta miséria, ódio, guerra, insegurança... que por vezes sentimos um tanto envergonhados com o nosso bem bom… e nos questionamos se somos merecedores e porquê que os outros sofrem.
Sempre foi assim, e ao que me parece não vai tão depressa melhorar.
O Valter Ferraz disse tudo certo, Viva e seja feliz (se puder) e estará fazendo outras pessoas felizes. Que eu vou fazer o mesmo…
Beijinhos, amiga
Pois e', Beth, eu tambem sempre me pergunto a mesma coisa. As vezes quando estou caminhando pelo meu bairro e penso nos horrores que estao acontecendo no mundo e ao mesmo tempo que eu me sinto grata tambem me sinto culpada. Eu sempre penso que essa pessoa que esta sofrendo nesse outro lugar poderia ser eu.
Enfim, sentir essa empatia e' bom. E' sinal de que temos consciencia de que estamos todos interconectados.
Beijos,
Regina
Beth,
Voltei para ler seus outros posts...Maravilha o seu blog.
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