"Escapei pela janela, foi a mão de Deus que me puxou", disse a mulher, identificada como Dona Penha. "Eu moro em São Paulo. Fui passar o Natal em Cachoeiro do Itapemirim e estava voltando. Quando passávamos pelo Rio, o ônibus foi parado e aconteceu essa tragédia. O homem jogou o saco de gasolina e depois o fósforo. A intenção dele era nos matar", relatou a vítima. A mulher, apesar de ter partes do corpo queimada, não recebeu atendimento após uma hora e meia de espera na Avenida Brasil. Segundo informações não confirmadas, o comando do Corpo de Bombeiros não permitiu o atendimento às vítimas, uma vez que a situação era muito tensa nas proximidades. A Polícia Militar ocupava a favela e trocava tiros com traficantes. Outra vítima, identificada como Priscila, contou os momentos de terror. "Eles (os criminosos) entraram no ônibus, roubaram os nossos pertences e depois colocaram fogo. Consegui sair pela janela, mas muitas pessoas ficaram dentro do ônibus. Havia muitos idosos. Eles queriam matar todos nós", descreveu a vítima. A passageira Maria Beatriz Furtado de Araújo, 30 anos, teve 45% do corpo queimado no ataque dos traficantes ao ônibus da Itapemirim e corre sério risco de morrer. Ela está internada no Hospital do Andaraí com queimaduras principalmente no rosto, braços e vias respiratórias. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a identificação das sete vítimas que morreram carbonizadas só será possível com exames de DNA. Duas outras vítimas do ataque estão internadas no Souza Aguiar, no Centro do Rio. Fernanda Duyaderte Furtado, 20, natural do Espírito Santo, teve queimaduras de 3º grau por quase todo o corpo. Só não teve rosto e pés queimados. Seu estado de saúde é grave. Ela estava no Hospital Getúlio Vargas, mas foi transferida ontem de manhã. Maria da Penha Sales de Moraes, 47, de São Paulo, sofreu queimaduras nas costas e nos braços. Ela também foi transferida de manhã para o Souza Aguiar. A polícia identificou como Graciel Maurício do Nascimento Campos, 18 anos, Cleber de Carvalho Fonseca, 23 anos, e Ézio Guilherme de Oliveira, 23 anos, os suspeitos de atearem fogo num ônibus da viação Itapemirim na Avenida Brasil, nas imediações da cidade alta na zona norte do Rio. Segundo a polícia, os três acusados foram detidos numa área próxima ao incidente com fuligem nas mãos e queimaduras pelo corpo. Aos serem abordados, eles teriam dado informações contraditórias sobre as marcas que apresentavam. Assim acabo desistindo... |
Eu acredito em anjos. Eles me sinalizam em asas de borboletas, os percebo em sorrisos, trajam palavras de afeto, tocam músicas em meus ouvidos, me fazem feliz, me motivam. Eu acredito em anjos e eles me acreditam. (CLARICE GE)
quarta-feira, janeiro 17, 2007
Passageiros da agonia
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2 comentários:
Não sei o que dizer... este "mundo" anda louco.
Eu pensava que meu país era um paraíso, mas por jeitos, também aqui, circulam doidos à solta!
Bete, deixei uma tarefinha lá prá voce, quando puder dê uma olhada, e se puder responda.
beijos
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